terça-feira, 29 de junho de 2010

DIA DO PESCADOR

Todos já ouviram falar que pescador é bom para contar histórias, não é mesmo? Mas um bom pescador é principalmente aquele que conhece os segredos do mar, sabe observar as fases da lua e tem um cuidado todo especial com a natureza, porque sabe que a sobrevivência e procriação dos peixes dependem do equilíbrio ambiental.

Para manter esse equilíbrio e preservar as diversas espécies de peixes, existem leis que regulamentam a forma de pesca e principalmente a época certa para pescar, por exemplo, existe a lei que proíbe a pesca durante a piracema, que é o período de reprodução dos peixes, quando as fêmeas vão para as margens dos rios desovar.

O pescador profissional sabe de todos os truques para uma boa pescaria: conhece a época de reprodução das espécies de peixes de sua região (e respeita conforme a lei!), sabe escolher a isca e o anzol certo e também conhecem o local mais adequado para pescaria.

Como o trabalho do pescador é sempre um desafio, o dia 29 de junho foi escolhido como o Dia do Pescador por ser o dia de São Pedro, o apóstolo que era pescador, e por isso muitos pescadores tem esse santo como protetor.

São Pedro - 29 de junho

O guardião das portas do céu é também considerado o protetor das viúvas e dos pescadores. São Pedro foi um dos doze apóstolos e o dia 29 de junho foi dedicado a ele. Como o dia 29 também marca o encerramento das comemorações juninas, é nesse dia que há o roubo do mastro de São João, que só será devolvido no final de semana mais próximo.

Mas como as comemorações juninas perduram alguns dias, as pessoas dizem que no dia de São Pedro já estão muito cansadas e não têm resistência para grandes folias, sendo os fogos e o pau-de-sebo as principais atrações da festa. A fogueira de São Pedro tem forma triangular.

Como São Pedro é cultuado como protetor das viúvas, são elas que organizam a festa desse dia, juntamente com os pescadores, que também fazem a sua homenagem a São Pedro realizando procissões marítimas.

No dia 29 de junho todo homem que tiver Pedro ligado ao seu nome dece acender fogueiras nas portas de suas casas e, se alguém amarrar uma fita em uma pessoa de nome Pedro, este se vê na obrigação de dar um presente ou pagar uma bebida à pessoa que o amarrou.

Este texto e imagem são parte integrante da Revista Santo do Dia - Casa Dois Editora Ltda. Para informações, assinaturas e edições anteriores, o telefone é (11) 3064-1623.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Solidariedade

O Movimento com coragem pra lutar e dignidade para servir esta arrecadando alimentos para as vitiamas das enchentes em Pernambuco e Alagoas seja solidario e faça sua contribução

ligue:

(81) 3479-1466

video da rede globo de televisão mostrando uma das cidade atingidas

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dia Universal Olímpico

Há mais de três mil anos, os gregos inventaram os jogos olímpicos. Conta a lenda que, certo dia, Hércules, filho de Zeus, o deus supremo, matou um homem.

Arrependido, ele criou as Olimpíadas para pedir perdão ao pai e aos deuses do Olimpo.
As Olimpíadas eram realizadas de quatro em quatro anos.
Os gregos exibiam suas habilidades nos jogos e agradeciam a Zeus e aos deuses do Olimpo, em quatro grandes festas. O primeiro registro dessas festas data de 776 a.C.

O resgate dos jogos olímpicos foi idéia de um educador francês, o barão Pierre de Coubertin (1863-1937). Provavelmente, é dele a famosa frase "O importante não é vencer, é competir", com a intenção de contribuir para a confraternização entre os povos. Em 1894, Coubertin criou, juntamente com representantes de 15 países, o Comitê Olímpico Internacional (COI). Em 1896, foi realizada a primeira Olimpíada da era moderna, em Atenas.

Coubertin e o COI criaram para as olimpíadas várias regras e símbolos usados até hoje. A bandeira olímpica tem cinco anéis que representam os continentes, entrelaçados sobre um fundo branco; é o símbolo da integração dos povos e traz o lema olímpico:
"Citius, Altius, Fortius" (mais rápido, mais alto, mais forte).
Para reviver o espírito dos jogos gregos, criou-se a tradição da tocha olímpica.
Foi também idéia de Coubertin a cerimônia de premiação depois de cada prova, em que os atletas ganham medalhas de ouro, prata e bronze.

A tradição de escolher um mascote para representar os jogos olímpicos começou nas Olimpíadas de Munique, em 1972, com a criação de Wald, um cão bassê. Nas Olimpíadas de Montreal, em 1976, o mascote foi Amik, um castor. O mais simpático foi o ursinho Misha, símbolo das Olimpíadas de Moscou, em 1980. Nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, a mascote foi Sam, uma águia pintada com as cores dos Estados Unidos. Para as Olimpíadas de Seul, em 1988, foi escolhido o tigre macho Hodori e a tigre fêmea Hosumi, representantes da espécie típica da fauna local, ameaçada de extinção. Nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, foi a vez do cachorro Cobi, de raça desconhecida. A mascote das Olimpíadas de Atlanta, em 1996, não agradou muito, porque era um bicho imaginário muito estranho chamado Izzy, criado por um artista plástico. Nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, os mascotes oficiais foram: Olly (um pássaro), Syd (um ornitorrinco) e Millie (uma equidna). Nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, os bonecos Phèvos e Athenà simbolizaram a igualdade e a fraternidade que devem existir no mundo.

Início do Inverno

21 de junho

Início do Inverno

As estações do ano existem devido à inclinação do eixo terrestre (de aproximadamente 23.027º) em relação ao plano da órbita da Terra ao redor do Sol e ao movimento de translação da Terra em torno do Sol.
Ao percorrer sua órbita ao redor do Sol, a Terra é iluminada pelos raios solares de maneiras diferentes, conforme sua posição.

Observa-se que, nos dias 23 de setembro e 20 de março, ambos os hemisférios terrestres são igualmente iluminados. Porém, nos dias 21 de dezembro e 21 de junho, os hemisférios sul e norte diferem quanto à iluminação.
Chama-se de solstício as posições em que a Terra se encontra em 21 de dezembro e 21 de junho. Por exemplo, dizemos que no dia 21 de junho há solstício de inverno no hemisfério sul, ou seja, ocorre a noite mais longa do ano, e solstício de verão no hemisfério norte, onde se registra o dia mais longo do ano.

Em 21 de junho, devido à inclinação do eixo terrestre, o hemisfério sul recebe menos luz solar, marcando assim o início do inverno; conseqüentemente, em posição inversa, o hemisfério norte está mais voltado para o Sol, dando início ao verão.

O inverno, no hemisfério sul, vai de 21 de junho a 23 de setembro. A estação é caracterizada pela baixa temperatura na região centro-sul. Pode também ocorrer chuva com tempestades de granizo em algumas regiões, bem como pode haver geadas, tão temidas pelos agricultores.

No inverno, os dias são mais curtos e as noites, mais longas. As árvores perdem suas últimas folhas amareladas, e as sementes, lançadas na terra, parecem apodrecer e morrer, porém suas raízes crescem e se fortalecem dentro da terra, à espera da primavera, para explodirem com vida nova.

O inverno é importante para a natureza, porque esta precisa descansar para recuperar as forças despendidas nas outras três estações. Os reinos vegetal e animal precisam hibernar para acordar com mais disposição e vigor.

Dia da Mídia

21 de junho

Dia da Mídia

"Mídia" significa "informação"; significa que "o meio é a mensagem", como bem definiu na década de 1960 o teórico da comunicação canadense, Marshall McLuhan. Mídia é, pois, todo e qualquer meio que sirva de transporte para transmitir sinais de mensagens, começando pela voz, passando pelos aparelhos de comunicação e finalizando com a camiseta serigrafada.

Atualmente, em todo o mundo, a discussão sobre a ética na mídia tem gerado polêmica, pois muitas vezes os meios de comunicação rompem com essa ética em prol de interesses particulares, financeiros e/ou políticos. O papel da mídia como agente formador de opinião tem sido duramente criticado, diante do abuso da liberdade de expressão garantida aos profissionais e às empresas da área.

Nem sempre os profissionais da mídia agem com responsabilidade. Ao contrário, muitos apostam em campanhas de ódio e na disseminação de notícias dramáticas e sensacionalistas que alimentam a violência, visando a lucratividade máxima para as empresas de comunicação.

Esse tipo de atitude evidencia que, com algumas exceções, a mídia tem sacrificado a qualidade em nome do lucro imediato que as notícias negativas trazem.

Felizmente, existem as exceções, e muitos profissionais ligados à mídia divulgam informações positivas e construtivas que expandem os horizontes do receptor das mensagens. São esses profissionais que merecem respeito e admiração, pois deles também depende a paz mundial.

Por meio das Nações Unidas, de voluntários, de organizações não-governamentais (ONGs) e instituições envolvidas com a melhoria da qualidade dos meios de comunicação, criou-se um código de ética para a mídia:

1. É responsabilidade moral da mídia disseminar informações em cada aspecto da realidade em que nós vivemos.
2. A mídia deve disseminar a informação com respeito e consideração pelo público.
3. A informação deve ser organizada, distribuindo o "peso" dos diferentes setores, para respeitar o direito ao conhecimento de importantes grupos sociais.
4. A informação deve refletir a realidade com uma variedade de conteúdo e notícias que espelhem os componentes da real situação, à medida que seja definida.
5. A informação deve procurar, sempre que possível, as causas dos eventos que influenciam o comportamento dos seres humanos.
6. A mídia tem o privilégio e a tarefa de reportar os eventos relatados no contexto de sua relação com os princípios da responsabilidade e da busca pelo bem comum.
7. É privilégio, tarefa e responsabilidade da mídia fazer o seu melhor para enfatizar as conexões entre os eventos mundiais mais significativos.

O papel da mídia é de fundamental importância na história da humanidade; por isso, deve ser baseado exclusivamente no bem-estar comum, nutrindo a solidariedade, apontando soluções quando possível, criticando quando necessário, mas sempre mantendo a ética profissional.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dia da unidade nacional

16 de junho é o dia da unidade nacional no Brasil. A Unidade Nacional constituinte da Europol tem por atribuições melhorar a eficácia dos serviços competentes dos Estados-Membros e a sua cooperação em domínios cada vez mais numerosos: a prevenção e a luta contra o terrorismo; o tráfico ilícito de estupefaciantes; o tráfico de seres humanos; a imigração clandestina; o tráfico ilícito de matérias radioactivas e nucleares; o tráfico ilícito de veículos; a luta contra a falsificação do euro; e o branqueamento de dinheiro relacionado com a criminalidade internacional.

Executar prioritariamente as seguintes funções: facilitar o intercâmbio de infromações entre os Estados-Membros; recolher e analisar as informações; comunicar aos serviços competentes dos Estados-Membros as informações que lhes digam respeito e informá-los imediatamente das ligações detectadas entre os fatos constituintes de delito; facilitar os inquéritos nos Estados-Membros; gerir a recolha de informações informatizadas.

Cada Estado-Membro cria ou designa uma unidade nacional incumbida de executar as funções supracitadas. A unidade nacional, que é o único organismo de ligação entre a Europol e os serviços nacionais competentes, envia para a Europol pelo menos um agente de ligação, incumbido de representar os respectivos interesses.

Com vista a executar as suas funções, a Europol gere um sistema informatizado de informações. Diretamente alimentado pelos Estados-Membros, o sistema de informações encontra-se diretamente acessível, para consulta, às unidades nacionais, aos agentes de ligação, aos directores e diretores-adjuntos, bem como aos agentes da Europol devidamente habilitados.

Para além de dados de caráter não pessoal, podem igualmente figurar no referido sistema de informações dados com carcter pessoal. Qualquer ficheiro informatizado de dados com caráter pessoal deve ser objeto, por parte da Europol, de uma instrução de criação sujeita à aprovação do Conselho de Administração. Os dados com caráter pessoal retirados do sistema de informações só podem ser transmitidos ou utilizados pelos serviços competentes dos Estados-Membros para impedir e lutar contra a criminalidade relativamente à qual a Europol é competente e contra as outras formas graves de criminalidade.

Qualquer pessoa que pretenda aceder aos dados que lhe digam respeito, armazenados na Europol, pode introduzir gratuitamente um requerimento num Estado-Membro da sua escolha, junto da autoridade nacional competente, que por sua vez submete o assunto à apreciação da Europol, notificando o requerente que a Europol lhe responderá diretamente. Qualquer pessoa tem o direito de exigir da Europol que retifique ou elimine dados erróneos relativos à sua pessoa.

Uma autoridade de controle comum independente está incumbida de vigiar a atividade da Europol, por forma a assegurar-se de que a armazenagem, o tratamento e a utilização dos dados de que os serviços da Europol dispõem não sejam atentatórios aos direitos das pessoas. Enfim, trata-se de uma instituição que visa aproximar os países, esperamos que todas as nações do planeta estejam futuramente inclusas nesse direito.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Atenção

Atenção a todos os nossos internaltas, esse blog tem como finalidade a ação e o desenvolvimento social, luta contra o precoceito e tambem para manter nossa população por dentro do que acontece na area educacional de nosso estado, sempre estaremos colacando noticias sobre:
Empregos;
Educação;
Cultura regional;
Eventos regionais e nacionais;
Lazer e diverção;
Projetos Sociias diversos;
entre outras coisas.

Pedimos a todos que nos vizitarem postarem comentarios sobre os assuntos, e postar tambem algumas opiniões que estamos sempre abertos a sujestões e projetos.


Um grande abraço a todos e fiquem avontade para nos acessar e divulgar nosso trabalho
pois Com Coragem para Lutar e Dignidade para Servir, não é so para mim mas paratodos fiquem com Deus.


Idealizador: Marcio Marcos Moraes
E-mail e Orkut: marciomarcosmoraes@hotmail.com

Concursos Públicos

Olá para todos do blog do projecto Com Coragem para Luta e Dignidade para Servir esta postando aqui sempre informações em beneficio da sociedade,
Venho sim através deste postar informações sobre concursos públicos.

Já se encontram abertas as inscrições para Sargento do exercido, são no total 1.176 vagas para ensino médio mas informações no site: http://www.esa.ensino.eb.br/priol2010/

estão tambem abertas para o Tribunal de contas do Ámapa
São pelo menos 934 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade; salário chega a R$ 17.785,34.

Entre outros concurso que podem ser encontrados no site da folha dirigida.
www.folhadirigida.com.br/

Um abraço a todos que nos vizitam
Ass: Marcio Marcos de Moraes
E-mail: marciomarcormoraes@hotmail.com

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Semana do Meio Ambiente


O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 05 de junho. Nossa forma de aludir a tão importante data é dividindo com vocês o texto: "O rio São Francisco não precisa de Canais - Precisa de Vida. O Meio Ambiente Agradece". Reflexão fundamental frente ao deslocamento do Exército Brasileiro para Cabrobó visando o início das obras da transposição.


O destino do rio São Francisco deve interessar não apenas a quem vive no semi-árido brasileiro, mas às pessoas de todo o país. Nós, mulheres e homens que vivemos no campo e nas cidades, trabalhamos em ONG`s, somos ativistas de várias Frentes, trabalhadores/as em geral, temos muita coisa a ver com a transposição das águas do rio São Francisco. Ela não só interessa às populações ribeirinhas, indígenas, da agricultura familiar que vivem no entorno do rio e/ou dele dependem para manter suas vidas.

Uma população de 21 milhões de habitantes dessa região, não pode ficar eternamente a mercê de uma ilusão. Uma obra já assumida até por órgãos governamentais como desnecessária para o que se propõe, inviável economicamente e de alto custo ambiental e social, somente se justifica quando tem seus reais motivos invisibilizados. Na verdade, o único motivo que justifica a transposição, são os interesses de empreiteiras, de consultores, de empresários do agronegócio, de bancos de desenvolvimento articulados com interesses de políticos. Daí decorrerão um sem número de oportunidades para grandes negócios privados com recursos públicos, moeda de troca de acordos firmados entre políticos e construtoras em campanhas eleitorais. Ganham as empreiteiras, os carcinicultores, os empresários da fruticultura irrigada e as elites rurais.

Interesses comuns entre esses personagens da cena pública foram mostrados recentemente, através de dois episódios:
1- A Operação Navalha, que denunciou o envolvimento da empresa Gautama com parlamentares. A mesma que concorre à licitação milionária para as obras do são Francisco;
2- O levantamento realizado no Tribunal Superior Eleitoral, sobre recursos destinados pelas construtoras aos parlamentares em 2006. As empreiteiras financiaram 285 dos 513 Deputados e 40 dos 81 Senadores. Destas, 40 disputam uma licitação de R$ 3.3 bilhões para a construção dos canais da transposição.

Quem, em meio a tanta negociata e corrupção vai se preocupar, por exemplo, com o destino de "apenas" 26 nações indígenas que serão afetadas ao longo da bacia? A bacia do rio São Francisco está toda poluída. Ela precisa ser revitalizada. Os problemas vão desde a poluição urbana, originária da indústria, siderurgia, mineração, lixo hospitalar, dejetos, agrotóxicos, até o desmatamento e assoreamento do rio.

Diagnóstico feito na bacia do São Francisco em Minas Gerais, revela que 93¨% dos municípios não têm tratamento de esgoto nem critérios para a destinação final dos resíduos. No Ceará, ao longo da bacia do Jaguaribe, é possível identificar os causadores de seu assoreamento, desmatamento e poluição. É principalmente, a agricultura empresarial consumidora indiscriminada de agrotóxicos que contaminam o lençol freático e o rio. Organizações que trabalham na região denunciam que o município de Icó, no baixo Jaguaribe, tem a maior incidência de câncer do Ceará, resultado do uso intensivo de agrotóxicos pelas empresas.

Estudos científicos independentes, teses de doutorado e especialistas na questão hídrica, afirmam que no semi-árido não existe problema hídrico, posto que a região tem uma precipitação média de 700mm. Existem problemas de gestão, de acesso e de desperdício. Os reservatórios de água do Ceará, por exemplo, são cercados, contrariando a legislação ambiental; o direito de uso é registrado em cartório e os açudes públicos são privatizados.

Se o governo Lula tivesse interesse em escutar a população que está sendo ameaçada pelas obras da transposição, iria compreender não apenas a relação que as pessoas têm com o rio mas a sua representação como fonte de vida. Grandes empreendimentos já foram feitos na região, supostamente para beneficiar a população, quando, na verdade, são os grupos econômicos os maiores beneficiários e a população que necessita de água continua sem ter acesso.

A transposição do rio São Francisco, um dos maiores empreendimentos de infra-estrutura do PAC, cujos recursos necessários poderão chegar a 20 bilhões de reais, contradiz o próprio governo federal que através de sua Agência Nacional de Água, lançou recente Atlas em que aponta 530 obras descentralizadas de pequeno e médio porte que poderão ser feitas em 1.356 municípios acima de 5 mil habitantes, a um custo de 3,6 bilhões de reais. Essas obras, segundo o Estudo, resolveriam o abastecimento de 34 milhões de pessoas. À semelhança do complexo do rio Madeira, a transposição do São Francisco é o maior exemplo de um modelo de desenvolvimento extraterritorial e de ampliação da vulnerabilidade ambiental.Seus reflexos atingem diretamente as pessoas e seus modos de vida, provocando um êxodo rural mais violento, uma ampliação do processo de proletarização com o desmantelamento da agricultura familiar e da atividade pesqueira, além de uma maior concentração fundiária e concentração da renda.

Mesmo sabendo que o "seu capricho" não contempla o desejo da população brasileira, Lula criou as condições para que os primeiros recursos para início das obras fossem liberados pelo Ministério da Integração, usando o batalhão do Exército para a execução do serviço na região de Cabrobó em Pernambuco.

Não podemos deixar que as águas do São Francisco sejam levadas por caminhos que não são fonte de vida. A segurança hídrica da região vai depender de um conjunto de políticas articuladas a atividades econômicas, compatíveis com as configurações ambientais e que tenham como prioridade o abastecimento da população.

Vamos nos somar às populações e movimentos que fazem da rejeição à obra do São Francisco, a defesa de uma nova cultura da água, como expressão de valores éticos, da igualdade, da solidariedade e da justiça social.