sábado, 27 de março de 2010

DIA DO CIRCO E DO TEATRO

O CIRCO NO BRASIL


No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já havia os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades, incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Há relatos de que eles usavam tendas e nas festas sacras havia bagunça, bebedeira e exibições artísticas, incluindo teatro de bonecos. Eles viajavam de cidade em cidade e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

O circo com suas características, em geral itinerante, existe no Brasil a partir dos fins do século XIX. Os grupos circences desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo e partiam para outras cidades, descendo pelo litoral até o Rio da Prata, até chegar a Buenos Aires.

Instalando-se na periferia das grandes cidades e voltado para as classes populares, sua modernização não se deu em termos de espaço e equipamentos: investe no elemento humano, suas destrezas, habilidades e criatividade. Por isso, os palhaços são as figuras centrais e deles depende o sucesso do espetáculo.

O circo brasileiro tropicalizou algumas atrações. O palhaço brasileiro falava muito, ao contrário do europeu, que era mais mímico. Era mais conquistador e malandro, seresteiro, tocador de violão, com um humor picante. O público também apresentava características diferentes: os europeus iam ao circo a fim de apreciar a arte; no Brasil, os números perigosos eram as atrações: trapézio, animais selvagens e ferozes.

Segundo Alice Viveiros de Castro, existem atualmente mais de 2.000 circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios e grandes, com trapézio de vôos, animais e grande elenco. Estima-se um público anual de 25 milhões de espectadores.

Entre os problemas enfrentados nos dias de hoje, estão o alto preço cobrado pelo aluguel dos terrenos e a proibição da instalação de circos em algumas cidades. Por vezes, as autoridades locais temem os “forasteiros”.

HISTÓRIA DO DIA MUNDIAL DO TEATRO

O dia mundial do teatro foi criado em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data da inauguração do Teatro das Nações, em Paris.

O marco principal do surgimento do teatro foi a reunião de um grupo de pessoaS em uma pedreira, que se reuniram nas proximidades de uma fogueira para se aquecer do frio.

A fogueira fazia refletir a imagem das pessoas na parede, o que levou um rapaz a se levantar e fazer gestos engraçados que se refletiam em sombras. Um texto improvisado acompanhava as imagens, trazendo a ideia de personagens fracos, fortes, oprimidos, opressores e até de Deus e do diabo, segundo conta Margarida Saraiva, da Escola Superior de Teatro e Cinema, de Portugal.

A representação existe desde os tempos primitivos, quando os homens imitavam os animais, para contar aos outros como eles eram e o que faziam, se eram bravos, se atacavam, ou seja, era a necessidade de comunicação entre os homens.

As homenagens aos deuses também favoreceram o aparecimento do teatro. Na época das colheitas da uva, as pessoas faziam encenações em agradecimento ao deus Dionísio (deus do vinho), pela boa safra de uvas colhidas, assim, sacrificavam um bode, trazendo para a comemoração os primeiros indícios da tragédia.

Os povos da Grécia antiga transformaram essas encenações em arte, criando os primeiros espaços próprios, para que fossem divulgadas suas ideias, as mitologias, agradecimentos aos vários deuses, dentre outros assuntos.

O gênero trágico foi o primeiro a aparecer, retratava o sofrimento do homem, sua luta contra a fatalidade, as causas da nobreza, numa linguagem bem rica e diversificada. Os maiores escritores da tragédia foram Sófocles e Eurípedes.

Nessa época, somente os homens podiam representar, assim, diante da necessidade de simular os papéis femininos, as primeiras máscaras foram criadas e mais tarde transformadas nas faces que representam a tragédia e a comédia; máscaras que simbolizam o teatro.

O gênero cômico surgiu para satirizar os excessos, as falsidades, as mesquinharias. Um dos principais autores de comédia foi Aristófanes, que escreveu mais de quarenta peças teatrais.

Nas primeiras representações, a comédia não foi bem vista, pois os homens da época valorizavam muito mais a tragédia, considerando-a mais rica e bonita. Somente com o surgimento da democracia, no século V a.C, a comédia passou a ser mais aceita, como forma de ridicularizar os principais fatos políticos da época.

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